segunda-feira, 23 de outubro de 2017

´´ LIVROS NÃO SÃO SIMPLES OBJETOS, SÃO AMIGOS´´

      Uma festa atrai diversos estudantes á ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro. Um deles é Augusto, estudante de medicina que, logo ao chegar, depara-se com uma delicada dama:
    ´´Há cinco minutos que Augusto entrou e então curto espaço já ela sentou-se em diferentes cadeiras, desfolhou um lindo pendão de rosas, derramou no chapéu de Leopoldo mais de duas onças-de-colônia de um vidro que estava sobre um dos aparadores, fez chorar uma criança, deu um beliscão em Felipe e augusto a surpreendeu fazendo-lhe caretas´´.
     Viva, divertida e curiosa, D. Carolina, a Moreninha, desperta a atenção de todos os rapazes por sua ousadia- por vezes impertinência-, menos a de Augusto, que não entende o fascínio que a travessa moça- segundo ele, descuidada, caprichosa e... feia- era capaz de despertar...
       Seria possível que a inconsequente menina cativasse também o coração dese romântico estudante?
      A Moreninha, o mais conhecido romance de Joaquim Manoel de Macedo, inovou o nosso Romantismo, criando o primeiro mito sentimental brasileiro: o da menina morena brejeira, simbolo da mulher brasileira. Foi a primeira obra da nossa literatura a alcançar exito de publico, atingindo o status de bes-seller na corte de d. Pedro II.